<
Stablecoins: A Ilusão da Liberdade Financeira e o Controle do Governo

Stablecoins: A Ilusão da Liberdade Financeira e o Controle do Governo

 

 

Se tem uma coisa que incomoda governos ao redor do mundo, é a ideia de que as pessoas possam movimentar dinheiro sem a necessidade de um intermediário estatal ou bancário (simplismente o controle 🙄)E é exatamente por isso que stablecoins, que deveriam ser um meio termo entre a estabilidade do dinheiro tradicional e a inovação cripto, estão agora sob os holofotes dos reguladores. O Senado dos EUA já iniciou as discussões para garantir que essa nova forma de dinheiro digital não saia do seu radar de controle. Afinal, como um governo pode deixar passar a chance de meter a mão em um mercado tão lucrativo.

 

“Já voltamos a matéria  antes de tudo”

 

 

O Que São Stablecoins e Por Que Elas Incomodam Tanto?

 

 

Stablecoins são criptomoedas projetadas para manter um valor fixo, normalmente atrelado ao dólar ou a outra moeda fiduciária. Diferente do Bitcoin, que pode variar absurdamente de preço em questão de horas, as stablecoins prometem previsibilidade e segurança para transações.

Para manter essa estabilidade, elas são lastreadas em reservas de dinheiro tradicional, títulos do governo ou outros ativos. Algumas também usam algoritmos para tentar equilibrar sua oferta e demanda. Na teoria, parece uma grande ideia. Na prática, algumas dessas “garantias” não são tão confiáveis assim, e não são raros os escândalos envolvendo stablecoins com reservas duvidosas.

Elas funcionam fora do sistema bancário tradicional e dão aos usuários uma certa autonomia financeira, o que assusta qualquer governo acostumado a monitorar e controlar a circulação do dinheiro.

(“Um comentário, pensem… é muito interessante que a stablecoin, faça exatamente o mesmo erro que qualquer outra moeda convencional, a não GARANTIA de valores reais para criar “lastro”.)

 

E é aí que entra o grande debate: como regular stablecoins sem matar a inovação? O Senado dos EUA está tentando encontrar um caminho para garantir que stablecoins sejam amplamente monitoradas. Na prática, isso significa exigir que emissores de stablecoins realizem verificação de identidade (KYC).

“A verificação de identidade, conhecida como KYC (do inglês “Know Your Customer”, ou “Conheça Seu Cliente”), é um processo utilizado por empresas, especialmente no setor financeiro, para confirmar a identidade de seus clientes. O “objetivo principal” é garantir que a pessoa ou entidade com quem estão lidando é quem diz ser,” ajudando a prevenir fraudes” lavagem de dinheiro e outras atividades ilegais. em cada transação e mantenham reservas auditáveis. Ou seja, um sistema cada vez mais próximo dos bancos tradicionais.”

O grande problema é que a liberdade financeira sempre foi um dos pilares do ecossistema cripto. E à medida que stablecoins se tornam mais reguladas e controladas, elas deixam de ser uma verdadeira alternativa ao sistema financeiro tradicional e se tornam apenas uma extensão digital dele. (Não tendo como ter uma real garantia de valor ja é algo estranho não é mesmo?)

No fim das contas, stablecoins começaram como uma revolução financeira, mas,” ironicamente”, estão sendo empurradas para dentro do mesmo sistema que prometiam substituir.(serio?? novidade…)

 

A pergunta que fica é: será que, no futuro, stablecoins continuarão sendo um refúgio contra a volatilidade ou apenas mais uma peça no jogo de controle governamental sobre o dinheiro digital?